Wellington Marques FrisoniFilogenia molecular do gênero Pareiorhina Gosline, 1947 (Siluriformes: Loricariidae: Hypoptopomatinae: Neoplecostomini)
O gênero Pareiorhina foi descrito em 1947, baseando-se em seis características diagnósticas por Gosline. Com a descrição de novas espécies, seu relacionamento filogenético tornou-se mais complexo e controverso. Além disso, indícios do relacionamento filogenético entre populações de Pareiorhina cepta do Alto rio Paraná e rio São Francisco, assim como as populações de Pareiorhina rosai dos rios São Francisco, rio Doce e Alto rio Paraná, evidenciam a necessidade de uma análise biogeográfica entre essas populações. O objetivo deste estudo é testar o relacionamento filogenético entre o gênero Pareiorhina e os demais gêneros da tribo Neoplecostomini, assim como o relacionamento biogeográfico das populações de Pareiorhina cepta e P. rosai, com base nas sequências dos genes mitocondriais e nucleares: COI, Cytb, 12S, 16S, RAG-1 e RAG-2. |
Vitor Kenzo Niskirara Okubo (bolsista Capes)O gênero Neoplecostomus (Siluriformes: Loricariidae: Neoplecostominae) na bacia do Rio Paraíba do Sul e bacias costeiras do Estado do Rio de Janeiro
Neoplecostomus Eigenmann & Eigenmann, 1888 é um gênero composto por cascudos de pequeno porte, distribuídos pelo centro-sudeste do Brasil. Em geral, as espécies de Neoplecostomus apresentam um padrão de distribuição bem restrito, contudo, a espécie N. microps (Steindachner, 1877) possui uma distribuição bem diferente do padrão observado do gênero, isto, em conjunto com a alta taxa de especiação do gênero, leva a hipótese de que possa representar um complexo de espécies. Ao mesmo tempo, N. variipictus Bizerril, 1995 traz incertezas quanto a sua validade pela distribuição e características similares a N. microps. Assim, o objetivo desse trabalho é reavaliar as populações de N. microps e N. variipictus com ocorrência na bacia do rio Paraíba do Sul e drenagens costeiras do Rio de Janeiro. |
Isabel Paiola Gonçalves (bolsista Capes)Revisão taxonômica das espécies de Scleronema (Plesioscleronema) do Escudo Cristalino Brasileiro
Tricomicterídeos são bagres da ordem dos Siluriformes, conhecidos popularmente como cambevas ou candirús, caracterizados por apresentar o corpo nu, sem placas ou escamas, odontódeos hipertrofiados no opérculo e interopérculo, primeiro raio indiviso das nadadeiras peitoral e dorsal sem espinho, e nadadeira dorsal situada na porção posterior do corpo. O gênero Scleronema foi proposto por Eigenmann em 1917 e inclui atualmente dez espécies válidas, que habitam rios que drenam áreas de baixa altitude na região subtropical da bacia do Prata (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), drenagens costeiras do sul do Brasil e Uruguai e drenagem do Alto Rio Paraná, no Escudo Cristalino Brasileiro (Ferrer & Malabarba, 2020; Giongo, Almeida, Azevedo-Santos & Katz 2022), sendo nove no subgênero Scleronema e uma no subgênero Plesioscleronema Costa, Sampaio, Giongo, Almeida, Azevedo-Santos & Katz 2022. O objetivo desse trabalho é identificar e descrever a diversidade desconhecida de Scleronema das drenagens dessa porção do país, avaliar o status taxonômico das espécies já descritas e criar uma chave de identificação. |
Poliana Cesar (bolsista Capes)
Revisão taxonômica das espécies do gênero Neoplecostomus (Siluriformes: Loricariidae: Neoplecostominae) da bacia do Rio Doce
Os loricarídeos compõem a maior família do grupo dos Siluriformes, possuindo representantes distribuídos da Costa Rica até o nordeste da Argentina. A subfamília Neoplecostominae possui sete gêneros e mais de 50 espécies válidas, as quais estão distribuídas por todo o país. O segundo maior gênero da subfamília, Neoplecostomus, abriga 19 espécies, sendo seis descritas nos últimos dez anos. A bacia do Rio Doce abriga atualmente duas espécies e há evidências de uma terceira ainda não descrita. Esse projeto visa revisar todo o material do gênero na bacia, de modo a confirmar a existência das três espécies, realizar uma análise comparativa e novas descrições dentro desse novo contexto. |
Vitória Carolina BorbaSistemática das espécies do grupo Trichomycterus reinhardti (Siluriformes: Trichomycteridae)
Dentre os Trichomycteridae, destaca-se o complexo Trichomycterus reinhardti, que faz parte de uma das duas principais linhagens do subgênero Trichomycterus (Paracambeva) Costa, 2021. O complexo é composto por 12 espécies, sendo que 8 delas foram descritas nos últimos 3 anos. Todas as espécies do grupo são endêmicas da área montanhosa que abrange o norte da Serra da Mantiqueira e o sul da Serra do Espinhaço, região que inclui duas das maiores bacias hidrográficas da América do Sul: a do Rio Paraná e a do Rio São Francisco. Este projeto tem como finalidade atualizar o conhecimento sobre o grupo de espécies em questão, oferecendo uma revisão taxonômica com informações relevantes que possam contribuir para a resolução de questões relacionadas ao subgênero Trichomycterus (Paracambeva). |